qual o peso das coisas num universo de entropias?
Não, não se trata de um discurso de autocomiseração, tão pouco o é de génio, e de nada se aproxima da introspecção ou qualquer alusão hermital que ao acto se assemelhe. Trata-se do que é claramente evidente, o que realmente importa e qual a sua valência numa esfera de significados lançados a um universo entrópico. Trata-se do que é empírico. Trata-se do que é, de natureza obrigatória a todos os que dispõem das ferramentas mínimas para pensar. Trata-se do que é humano. Parecemos uma espécie de outra espécie que não olha para dentro e não pensa, e não sente, e não se faz valer daquilo que a realmente a distingue do resto. Tudo isto virou exotismo, extravagância, distância.
Francamente, começo a achar tudo uma ilusão tão grande. Uma fantasia tão negligente. Direcções pré-determinadas por uma estrutura socio-cultural virosa. Valores deturpados em ideologias de palanque, de ribalta. Relações de papel: frágeis: consumíveis: a termo: a falha é morte antecipada - não existe margem para erro.
no fim, o que resta?
Farto de procurar as melhores razões para crer.
- Se existe forma de voltar atrás no tempo, diz-me, que eu vou voltar sedento, para encontrar a melhor forma de mudar o desacerto do tempo, meu irmão.
.....ia-te dizer para, pelo menos por aqui, apareceres! E tu sabes bem que as melhores razões para crer, não ser procuram.
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