Sento-me todos dias no banco onde te sentavas
O vento dança como sempre dançou,
As folhas caem como sempre caíram;
O sol abraça-me como sempre abraçou,
A chuva beija-me como sempre beijou;
As sombras cobrem-me como sempre o fizeram,
O teu mundo abarca-me como nunca me abarcou!
A tua alma falta-me como nunca faltou;
Agora só o deambular ébrio deste olhar
Em movimentos excêntricos,
Me aprisiona neste banco de madeira;
Esse espírito promulgador da escuridão
Que vagueia por orbes da penumbra
E que ainda hoje me sustenta a dor,
Me arrefece a alma,
Me intoxica com substancias pútridas ...
Tudo neste banco onde sempre te sentavas
Por baixo da árvore do jardim ...
Estou eu e esta dolorosa saudade!
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